Ela e o silêncio. Senta-se à janela na salinha verde. Num sétimo andar olha o betão à sua volta. Prédios e mais prédios cercam-na. Caixinhas rectangulares com inúmeros orifícios.
Aqui e acolá, pequenos oásis. Copas de árvores esqueléticas, expectantes. Os edifícios, viris, partem do solo determinados em direcção ao céu. As árvores , tímidas e virginais, espreitam a luz que teima em refugiar-se noutras superfícies, estéreis. Como horizonte o betão refastelado num imenso azul baço.